A hemorragia estomacal é um sangramento no revestimento do estômago que pode ser causado por úlceras, doença de Crohn ou uso excessivo de medicamentos. Os sintomas incluem vômitos de sangue, fezes escuras e tontura. O tratamento varia de acordo com a causa, podendo incluir medicamentos, endoscopia ou cirurgia.
Principais sintomas
A hemorragia estomacal, também conhecida como hemorragia digestiva alta, é um quadro clínico caracterizado pelo sangramento proveniente do trato gastrointestinal superior, especialmente do estômago. Essa condição pode causar diversos sintomas, que podem variar de acordo com a gravidade do sangramento e a extensão da lesão.
Um dos principais sintomas da hemorragia estomacal é a presença de sangue nas fezes, que pode se apresentar de forma visível (hematoquezia) ou como fezes escuras e alcatroadas (melena). A melena ocorre devido à rápida digestão do sangue no estômago, o que resulta na formação de substâncias escuras. Além disso, a hemorragia estomacal pode levar à presença de sangue no vômito (hematêmese), que pode ter a aparência de “borra de café”.
Outros sintomas comuns incluem dor ou desconforto abdominal, náuseas, vômitos frequentes, sensação de plenitude após a alimentação, perda de apetite, fraqueza, fadiga e tonturas. É importante destacar que esses sintomas podem variar de pessoa para pessoa, e nem todos os indivíduos apresentarão todos os sinais mencionados.
Possíveis causas
A hemorragia estomacal pode ter diversas causas, sendo as úlceras pépticas uma das mais comuns. As úlceras são lesões que podem se formar no revestimento do estômago ou do duodeno (primeira parte do intestino delgado), geralmente causadas pela infecção pela bactéria Helicobacter pylori ou pelo uso prolongado de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs).
Outras possíveis causas incluem doenças inflamatórias do trato gastrointestinal, como a doença de Crohn e a colite ulcerativa, varizes esofágicas (vasos sanguíneos dilatados no esôfago), tumores do trato gastrointestinal, lesões traumáticas, como aquelas resultantes de acidentes automobilísticos ou ferimentos por arma branca, e anomalias vasculares, como angiodisplasias.
Em alguns casos, a hemorragia estomacal pode ser causada por doenças sistêmicas, como a doença renal crônica, doenças do fígado, distúrbios de coagulação sanguínea e certos tipos de infecções. Além disso, o consumo excessivo de álcool e o tabagismo também podem aumentar o risco de ocorrência desse tipo de sangramento. É importante buscar atendimento médico para identificar a causa específica da hemorragia estomacal, pois isso irá direcionar o tratamento adequado.
Como é feito o tratamento
O tratamento da hemorragia estomacal depende da causa subjacente e da gravidade do sangramento. Em casos leves, pode ser suficiente adotar medidas conservadoras, como repouso, hidratação oral e dieta de fácil digestão. No entanto, em situações mais graves, pode ser necessário realizar intervenções médicas ou até mesmo cirúrgicas.
Uma opção comum de tratamento é a endoscopia digestiva alta, na qual um tubo flexível com uma câmera na ponta é inserido pela boca do paciente para visualizar o interior do trato gastrointestinal superior. Durante esse procedimento, é possível identificar a fonte do sangramento e realizar intervenções terapêuticas, como a injeção de medicamentos para controlar a hemorragia ou a realização de procedimentos de coagulação a laser ou através da aplicação de bandas elásticas para interromper o sangramento.
Em casos mais graves ou em que a endoscopia não é suficiente, pode ser necessário realizar procedimentos cirúrgicos, como a ressecção do segmento afetado do trato gastrointestinal ou a ligadura de varizes esofágicas. Além disso, em situações emergenciais, pode ser necessário realizar transfusão de sangue para repor as perdas sanguíneas e manter a estabilidade hemodinâmica do paciente.
Após o tratamento do episódio agudo de hemorragia estomacal, é importante adotar medidas preventivas para evitar recorrências, como o uso adequado de medicamentos, tratamento de doenças subjacentes e mudanças no estilo de vida, como a redução do consumo de álcool e tabaco. É fundamental seguir as recomendações médicas e realizar acompanhamento regular para garantir a eficácia do tratamento e prevenir complicações futuras.
Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, faça uma consulta com um médico.