O laser na fisioterapia é usado para aliviar dor, acelerar a cicatrização e reduzir inflamação. Deve ser aplicado por profissionais e possui contraindicações em casos de câncer ou gravidez.
Para que serve
O uso do laser na fisioterapia tem se expandido significativamente nos últimos anos, devido à sua capacidade de promover alívio da dor, redução de inflamações e aceleração no processo de cura dos tecidos. Esta tecnologia baseia-se na aplicação de luz em comprimentos de onda específicos, que penetram na pele e são absorvidos pelas células, onde induzem uma série de respostas biológicas positivas.
Um dos principais usos do laser na fisioterapia é na gestão e tratamento de condições musculoesqueléticas, como tendinites, bursites, e dores associadas à artrite. Através do efeito fotobiomodulador, o laser auxilia na reparação de tecidos lesados, promovendo a cicatrização de feridas e a recuperação de lesões musculares e articulares.
Adicionalmente, o laser tem mostrado grandes resultados no tratamento de dor crônica, sendo uma opção de tratamento não invasiva para pacientes que buscam alívio sem a necessidade de medicamentos ou procedimentos cirúrgicos. Outra aplicação relevante do laser na fisioterapia é na reabilitação neurológica, onde é utilizado para estimular a regeneração de nervos danificados e melhorar a funcionalidade neuromuscular.
Como usar o laser na fisioterapia
O uso do laser na fisioterapia requer conhecimento técnico especializado para garantir que seu potencial terapêutico seja plenamente aproveitado, ao mesmo tempo em que se evitam riscos desnecessários. O primeiro passo é realizar uma avaliação detalhada do paciente, considerando sua história clínica, a natureza da lesão ou condição a ser tratada, e possíveis contraindicações ao uso do laser.
A aplicação do laser deve seguir parâmetros específicos, que incluem a seleção do comprimento de onda correto, a dosagem (energia entregue por área), o tempo de exposição, e a frequência das sessões. Esses parâmetros podem variar significativamente dependendo do objetivo do tratamento e do tipo de lesão ou condição.
Por exemplo, lesões agudas e áreas com inflamação podem necessitar de uma abordagem mais cautelosa, com dosagens menores e aplicação mais superficial, ao passo que condições crônicas ou mais profundas podem beneficiar-se de dosagens mais altas e aplicação mais profunda. A técnica de aplicação também é fundamental, sendo possível usar o método de varredura, em que o laser é movido lentamente sobre a área tratada, ou o método de pontos, onde o laser é aplicado em pontos específicos de acupuntura ou áreas de dor.
Quando é contraindicado
Apesar dos muitos benefícios do laser na fisioterapia, existem situações e condições onde seu uso é contraindicado. Um dos exemplos mais críticos é o uso do laser sobre áreas cancerígenas ou em pacientes com histórico de câncer, devido ao risco teórico de estimulação do crescimento de células tumorais. Também é recomendado evitar a aplicação do laser diretamente sobre a glândula tireoide, para prevenir possíveis efeitos na produção de hormônios tireoidianos.
Outra importante contraindicação é o uso do laser sobre áreas infectadas, uma vez que o aumento do fluxo sanguíneo para a região pode potencializar a distribuição da infecção. Além disso, o uso do laser é geralmente evitado em gestantes, especialmente na região lombar ou abdominal, devido à falta de estudos conclusivos sobre a segurança nesta população.
Pacientes com distúrbios de sensibilidade ou com alterações significativas na sensação também devem ser tratados com precaução, pois podem não ser capazes de relatar sensações de desconforto ou calor excessivo durante a aplicação do laser, aumentando o risco de queimadura ou lesão.
Em suma, embora a terapia com laser ofereça uma gama impressionante de benefícios no campo da fisioterapia, sua aplicação deve ser feita por profissionais qualificados e com uma compreensão clara das contraindicações e precauções necessárias para garantir a segurança e eficácia do tratamento.
Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, faça uma consulta com um médico.