Sinais de Kernig, Brudzinski e Lasègue são manobras utilizadas na avaliação neurológica para detectar doenças como a meningite e a hérnia de disco.
Como detectar os sinais meníngeos
A avaliação clínica de um paciente é uma ferramenta essencial no diagnóstico de várias doenças e condições médicas. Quando se trata do sistema nervoso central, uma das técnicas utilizadas pelos médicos para identificar possíveis problemas é a detecção dos chamados sinais meníngeos, que englobam os sinais de Kernig, Brudzinski e Lasègue.
Sinais de Kernig
O sinal de Kernig é utilizado para avaliar a presença de irritação meníngea em um paciente. Para detectá-lo, o médico deve elevar a perna do paciente em um ângulo de 90 graus em relação ao quadril e tentar estender completamente o joelho. Caso haja resistência à completa extensão do joelho e o paciente apresente dor na região lombar ou nas pernas, o sinal de Kernig é considerado positivo.
Este sinal está presente em cerca de 80% dos casos de meningite bacteriana, sendo um importante marcador para essa condição. Além disso, o sinal de Kernig também pode estar presente em outras condições, como a hemorragia subaracnoideia, abscesso cerebral e tumores cerebrais.
Sinais de Brudzinski
Os sinais de Brudzinski são utilizados para avaliar a presença de irritação meníngea em um paciente. Existem dois tipos principais de sinais de Brudzinski: o sinal de Brudzinski cervical e o sinal de Brudzinski meníngeo.
O sinal de Brudzinski cervical é realizado com o paciente deitado e o médico flexiona o pescoço do paciente em direção ao peito. Caso ocorra uma flexão involuntária dos joelhos e quadris, o sinal é considerado positivo.
Já o sinal de Brudzinski meníngeo é realizado com o paciente deitado e o médico flexiona o pescoço do paciente em direção ao peito. Caso haja resistência à extensão completa dos joelhos e quadris, o sinal é considerado positivo.
Assim como o sinal de Kernig, os sinais de Brudzinski estão presentes em casos de meningite bacteriana, hemorragia subaracnoideia e outras condições do sistema nervoso central.
Sinal de Lasègue
O sinal de Lasègue, também conhecido como teste de elevação da perna estendida, avalia a presença de compressão ou irritação do nervo ciático. Para realizar o teste, o paciente deverá estar deitado de costas e o médico elevará sua perna estendida. Caso o paciente apresente dor irradiando para a perna e região lombar, o sinal de Lasègue é considerado positivo.
O sinal de Lasègue é frequentemente utilizado para auxiliar no diagnóstico de hérnia de disco, uma condição em que um disco intervertebral se projeta para fora de sua posição normal. Além disso, o sinal também pode indicar a presença de outras condições, como estenose do canal vertebral e neuropatia lombar.
Em resumo, a detecção dos sinais de Kernig, Brudzinski e Lasègue é de extrema importância para médicos no diagnóstico de condições que envolvem o sistema nervoso central. Esses sinais podem indicar a presença de doenças graves, como meningite e hérnia de disco, orientando assim o tratamento adequado ao paciente.
Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, faça uma consulta com um médico.