A indústria dos videogames lidera o segmento de entretenimento online. É o mundo dos jogos eletrônicos que sai na frente da corrida da inovação, com consoles cada vez mais potentes e computadores capazes de rodar os gráficos mais realistas já vistos. No entanto, um dispositivo corre por fora: o smartphone chegou para mudar o paradigma gamer.
O celular é uma das ferramentas digitais mais bem sucedidas que já existiu. O aparelho chegou ao Brasil na década de 90, com o Motorola PT-550. Nesses mais de 30 anos de história, esses aparelhos evoluíram tanto que é quase impossível relacionar um smartphone moderno com o primeiro modelo lançado em território nacional.
Na lista de novas funções que os celulares receberam com o passar dos anos, as mais importantes foram: acesso à internet, câmera fotográfica e telas touch screen. Além disso, a melhora dos componentes internos, como os processadores, foram fundamentais para a popularização dos smartphones.
A invasão gamer
Com telas maiores e melhor definição, além de processadores potentes, os smartphones deram os primeiros passos para a invasão dos jogos eletrônicos, que nos dispositivos móveis são conhecidos como Mobile Games.
O famoso “Jogo da Cobrinha” pode ser considerado um dos precursores dos celulares como uma plataforma de jogo. Muitos jovens e adultos passam horas tentando alcançar a maior serpente possível, para tanto, giros e mais giros eram necessários.
A Pesquisa Game Brasil 2023 revelou que celulares estão no topo da lista quando o assunto é a plataforma favorita para jogar. Segundo a pesquisa, 51,7% dos entrevistados afirmaram que o smartphone é o canal preferido para passar horas jogando, na sequência, aparecem os consoles (20,5%) e, em terceiro lugar, os computadores (19,4%).
Ao estar sempre a mão e ser o companheiro mais fiel do homem, o celular conseguiu se tornar um dispositivo multiuso, que está pronto para uma partida despretensiosa ou um jogo de RPG longo.
Variedade e qualidade
Boa parte do crescimento dos smartphones como dispositivos gamer está relacionada com a variedade e a qualidade dos jogos. Afinal, rapidamente, as desenvolvedoras consagradas nos PCs e consoles começaram a criar títulos consagrados para os dispositivos móveis.
Além dos consagrados, alguns clássicos games mobile foram nascendo. Esse equilíbrio entre tradição e inovação foi vital para conquistar novos usuários e antigos amantes dos jogos eletrônicos e uni-los nos smartphones.
Os títulos puzzle são quase unanimidade nos celulares. Um dos jogos que consolidaram esse caminho foi o Candy Crush, que revela sua idade com o número de fases, são mais de 12 mil níveis divididos em 822 episódios. Para os amantes de jogos de combinação essa é a escolha certa.
Ainda no campo dos jogos mentais, o poker também chegou ao mundo do mobile game. O famoso jogo de carta ganhou vida na internet apoiado em plataformas especializadas, como o PokerStars, que desenvolveu um app com todos os modos de jogo, como o Texas Hold’em, além dos conteúdos formativos, como o ranking das mãos e outras informações.
Os jogos do gênero Battle Royale é outro sucesso nos smartphones. O grande nome é o Free Fire, exclusivo para celulares, que é uma febre no Brasil, com times profissionais e até título mundial o país já conquistou.
Por fim, outro gênero de muito sucesso é o de corrida infinita, uma categoria que desafia os jogadores a percorrer o maior percurso possível, desviando de obstáculos e capturando potencializadores. Quem domina o cenário é o Subway Surfer, que conta com mais de três bilhões de downloads no mundo inteiro.
Os celulares resistiram a prova do tempo, conseguiram evoluir e aumentar as funções tornando-se uma ferramenta indispensável. Os gamers encontraram nos dispositivos móveis a liberdade para jogar em qualquer lugar e a facilidade para encontrar os seus títulos favoritos.
As novas tecnologias, como o 5G, e os processadores mais avançados, fazem do futuro dos mobile games uma trilha de sucesso. Todas essas inovações revolucionaram a indústria dos videogames, encerrando a polaridade entre console e PCs, e moldando o paradigma de produção, que, agora, foca nos smartphones.