A ancilostomíase é uma infecção causada por parasitas intestinais que afetam seres humanos. Os sintomas incluem anemia, fraqueza, dores abdominais e diarreia. Essa doença é transmitida principalmente através do contato direto com solo contaminado. O tratamento adequado inclui medicamentos antiparasitários específicos.
Ancilostomíase: o que é?
A ancilostomíase, também conhecida como anquilostomíase, é uma doença causada pela infecção de vermes parasitas conhecidos como Ancilostomideos. Esses parasitas afetam principalmente o intestino delgado dos seres humanos e podem causar uma série de sintomas e complicações se não forem tratados adequadamente. A ancilostomíase é considerada uma doença comum em regiões tropicais e subtropicais, onde a falta de saneamento básico e a má higiene pessoal são comuns.
Principais sintomas
Os sintomas da ancilostomíase podem variar de leves a graves, dependendo da quantidade de vermes presentes no organismo e da resposta imunológica do indivíduo. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:
– Anemia: a infestação por vermes adultos pode causar perda de sangue contínua devido à alimentação parasitária, o que pode levar à anemia ferropriva.
– Fadiga e fraqueza: a anemia resultante da infestação por ancilostomídeos pode causar fadiga crônica e fraqueza.
– Dor abdominal: em casos mais graves, a presença de vermes no intestino delgado pode causar dor abdominal e desconforto.
– Diarreia: a infecção por ancilostomídeos pode levar a episódios recorrentes de diarreia.
– Coceira e erupções cutâneas: em alguns casos, a migração das larvas na pele pode causar coceira intensa e erupções cutâneas.
Além desses sintomas, em casos mais graves, a ancilostomíase pode levar a complicações pulmonares e cardíacas. É importante procurar atendimento médico assim que os sintomas surgirem para um diagnóstico correto e um tratamento adequado.
Transmissão da ancilostomíase
A ancilostomíase é transmitida principalmente pelo contato com solo contaminado com as fezes de indivíduos infectados. As larvas dos ancilostomídeos, presentes nas fezes, podem penetrar na pele descalça quando uma pessoa caminha ou se deita no solo infectado. Uma vez dentro do corpo humano, as larvas migram para o sistema circulatório e, eventualmente, chegam ao intestino delgado, onde se alojam e se desenvolvem em vermes adultos.
A infecção também pode ocorrer pela ingestão de alimentos ou água contaminados com fezes contendo ovos de ancilostomídeos. Essa forma de transmissão é mais comum em áreas onde a falta de saneamento básico é prevalente.
Além disso, a infecção também pode ocorrer durante a gestação, quando a mãe transmite os vermes para o feto através da placenta.
Ciclo biológico do Ancylostoma duodenale
O Ancylostoma duodenale é uma das espécies de ancilostomídeos que pode causar a ancilostomíase em seres humanos. Seu ciclo biológico é composto por várias etapas:
1. O parasita adulto vive no intestino delgado humano e se alimenta do sangue do hospedeiro, causando anemia.
2. Os vermes adultos liberam ovos junto com as fezes do hospedeiro infectado.
3. No solo úmido e quente, os ovos se desenvolvem em larvas infectantes chamadas de estágio L3.
4. As larvas L3 podem sobreviver no solo por semanas ou meses, aguardando o contato com um novo hospedeiro.
5. As larvas penetram na pele do novo hospedeiro, geralmente através dos pés.
6. As larvas então migram para os pulmões através da circulação sanguínea.
7. Uma vez nos pulmões, as larvas sobem pela traqueia até chegarem à garganta, onde são engolidas e chegam ao intestino delgado.
8. No intestino delgado, as larvas se tornam vermes adultos e reiniciam o ciclo reprodutivo.
Como é feito o tratamento
O tratamento da ancilostomíase é realizado com medicamentos antiparasitários, geralmente administrados oralmente. Os medicamentos mais comumente utilizados incluem albendazol e mebendazol. Esses medicamentos ajudam a eliminar os vermes adultos presentes no intestino delgado.
Além do tratamento antiparasitário, o tratamento da ancilostomíase também pode envolver a correção da anemia e a reposição de nutrientes vitais, como o ferro.
É importante ressaltar que a prevenção é fundamental para evitar a ancilostomíase. Medidas simples, como melhorias na infraestrutura de saneamento básico, uso de calçados ao caminhar em áreas suscetíveis à contaminação do solo e adoção de práticas adequadas de higiene pessoal, como lavagem adequada das mãos, podem ajudar a reduzir o risco de infecção.
Em suma, a ancilostomíase é uma doença parasitária que afeta o intestino delgado humano. O conhecimento sobre os sintomas, transmissão e tratamento da doença é essencial para prevenir a infecção e buscar cuidados médicos adequados. A conscientização e a adoção de medidas preventivas são fundamentais para reduzir a ocorrência da ancilostomíase em áreas onde a doença é endêmica.
Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, faça uma consulta com um médico.