A imunoterapia específica é uma forma eficiente de tratar alergias por meio da administração de injeções que ajudam o paciente a desenvolver tolerância ao alérgeno.
Injeção para alergia: saiba como funciona a imunoterapia específica
Em que consiste a imunoterapia específica
A imunoterapia específica, também conhecida como vacina de alergia, é um tratamento indicado para pessoas que sofrem de alergias respiratórias, como rinite alérgica e asma. Ela consiste na administração de injeções contendo pequenas quantidades do alérgeno ao qual o paciente é sensível. O objetivo é fazer com que o organismo se acostume com a substância alergênica, reduzindo ou eliminando assim os sintomas alérgicos.
O tratamento é realizado em três fases: a fase de indução, a fase de manutenção e a fase de descontinuação. Na fase de indução, o paciente recebe as injeções com a frequência de uma a duas vezes por semana, durante um período que pode variar de três a seis meses. Já na fase de manutenção, as injeções são espaçadas, passando a ser administradas uma vez por mês. A fase de descontinuação acontece quando a sensibilidade do paciente aos alérgenos é reduzida, e as injeções são interrompidas gradualmente.
Quem pode fazer o tratamento
A imunoterapia específica é indicada para pessoas que apresentam alergias respiratórias persistentes e que não obtiveram sucesso com o tratamento medicamentoso convencional. É recomendada principalmente para casos mais graves, em que os sintomas alérgicos interferem significativamente na qualidade de vida do paciente.
O tratamento pode ser realizado em crianças e adultos, desde que sejam feitos todos os testes necessários para identificar os alérgenos responsáveis pelas reações alérgicas. Além disso, é importante que o paciente tenha disponibilidade de tempo para frequentar as sessões de injeções conforme o cronograma estabelecido pelo médico.
Quem não deve fazer o tratamento
Há algumas contraindicações para a imunoterapia específica. Pacientes com doenças autoimunes, como lúpus e artrite reumatoide, devem evitar o tratamento, pois pode haver o risco de agravamento dessas condições. Além disso, pessoas com imunodeficiências graves, que podem comprometer a resposta imune do organismo, também devem evitar a imunoterapia.
Mulheres grávidas ou que estejam amamentando também não devem fazer o tratamento, pois não há evidências suficientes sobre a segurança do procedimento nesses casos. É importante que o médico avalie cada caso individualmente antes de recomendar ou contraindicar a imunoterapia específica.
Possíveis efeitos colaterais
A imunoterapia específica é considerada um tratamento seguro, porém, como qualquer procedimento médico, pode apresentar alguns efeitos colaterais. Os mais comuns são reações locais no local da injeção, como vermelhidão, inchaço e dor. Esses sintomas, geralmente leves, desaparecem em poucos dias.
Em casos mais raros, podem ocorrer reações alérgicas sistêmicas, conhecidas como anafilaxia. Nesses casos, os sintomas podem incluir dificuldade para respirar, inchaço da face e da garganta, tontura e queda da pressão arterial. É importante ressaltar que essas reações são raras, mas devem ser tratadas como emergências médicas.
É fundamental que o paciente esteja acompanhado por um médico especialista durante todo o tratamento, para monitorar qualquer possível reação adversa e agir prontamente caso seja necessário.
Em resumo, a imunoterapia específica é um tratamento eficaz para pessoas que sofrem de alergias respiratórias persistentes. Ela consiste na administração de injeções contendo alérgenos para estimular uma resposta imunológica mais tolerante. No entanto, é fundamental que o paciente seja avaliado pelo médico antes de iniciar o tratamento, para verificar se ele é indicado e se não há contraindicações. Além disso, é importante estar ciente dos possíveis efeitos colaterais e estar acompanhado por um especialista durante todo o processo. O objetivo final é proporcionar uma melhoria significativa na qualidade de vida do paciente alérgico.
Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, faça uma consulta com um médico.