Investimento que complementa renda custa a partir de R$ 30
Lançado no fim de janeiro como instrumento para complementar a aposentadoria, o título Tesouro Renda+ Aposentadoria Extra (RendA+) tem R$ 1,033 bilhão em estoque entre os investidores, divulgou nesta segunda-feira (10) o Tesouro Nacional.
Nos cinco primeiros meses de operação, as compras somaram R$ 870,9 milhões. A diferença entre esse valor e o estoque superior a R$ 1 bilhão deve-se ao rendimento desses títulos no mercado financeiro.
Mais de 52 mil investidores compraram o RendA+, dos quais 24% (12,3 mil) entraram no Tesouro Direto exclusivamente por causa dos novos papéis. Cada investidor tem, em média, R$ 1 mil em títulos.
Segundo o Tesouro Nacional, os papéis preferidos pelos investidores até 3 de julho foram os títulos com vencimento em 2030, o mais curto, com R$ 374,3 milhões em compras liquidadas (36% do total). Em seguida, vêm os papéis com vencimento em 2035, com R$ 192,1 milhões (19% do total), e com vencimento em 2065, o mais longo, com R$ 133,2 milhões (13% do total).
Na divisão por faixa etária, dois grupos se destacam: entre 25 e 39 anos (50% do número de investidores) e entre 40 e 59 anos (40% do total). Os investidores acima de 60 anos representam apenas 3%. Entre os mais jovens, o grupo de 19 a 24 anos é responsável por 6% e abaixo de 18 anos, por 2% do total de investidores do produto.
Na divisão por valor em estoque, em vez do número de investidores, a faixa entre 40 e 59 anos concentra 64% de todo o estoque do RendA+. No recorte por gênero, 64% dos títulos foram adquiridos por homens e 36% por mulheres.
Complemento
Com valor inicial de R$ 30, o RendA+ é oferecido pelo Tesouro Direto, programa de venda de títulos públicos a pessoas físicas pela internet. O papel permite que o investidor planeje uma data para a aposentadoria e receba uma renda extra mensal por 20 anos. O valor investido será corrigido mensalmente pela inflação mais uma taxa de juros que varia conforme as condições da economia, garantindo o poder de compra do investidor.
O valor investido será sempre devolvido em 240 prestações mensais que amortizarão todo o dinheiro investido no produto. O Tesouro Nacional espera a adesão de até 3 milhões de trabalhadores, o que ampliaria o público do Tesouro Direto para cerca de 5 milhões de investidores.
Acumulação
O período de acumulação de capital, equivalente à vida desse título, é sete 7 a 42 anos, dependendo do vencimento escolhido pelo investidor. Existem oito datas de vencimento do papel, de 15 de janeiro de 2030 a 15 de janeiro de 2065, sempre com intervalos de cinco anos entre um título e outro (2030, 2035, 2040, 2045, 2050, 2055, 2060 e 2065).
O Tesouro Nacional esclarece que os títulos públicos funcionarão como um complemento para a aposentadoria e não substituirão o regime de Previdência por repartição do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) nem o regime especial de Previdência para o funcionalismo público.
Fonte: Agência Brasil