A cordocentese é um procedimento médico realizado durante a gravidez para coletar uma amostra de sangue do cordão umbilical do feto, a fim de diagnosticar possíveis problemas genéticos ou doenças. Embora seja considerada segura, a cordocentese apresenta riscos como sangramento, infecção ou lesões no feto.
Cordocentese: o que é, quando fazer e possíveis riscos
A cordocentese é um procedimento médico invasivo realizado durante a gestação para obter informações sobre a saúde do feto. Também conhecida como amniocentese fetal ou punção do cordão umbilical, a cordocentese é indicada em casos específicos, seguindo critérios médicos bem definidos. Embora seja uma técnica segura, existem riscos associados que devem ser considerados. Neste artigo, abordaremos quando a cordocentese é recomendada, como é realizada e quais são os possíveis riscos envolvidos.
Quando fazer a cordocentese
A cordocentese é geralmente realizada quando há suspeita ou presença de anomalias congênitas no feto. Alguns dos motivos mais comuns para a indicação da cordocentese incluem:
- Alterações nos exames pré-natais, como ultrassonografia morfológica;
- Dúvidas sobre resultados de exames anteriores;
- Anomalias genéticas ou cromossômicas na família;
- Presença de doenças hereditárias;
- Atraso no desenvolvimento fetal;
- Monitoramento da maturidade pulmonar do feto.
É importante ressaltar que a decisão de realizar a cordocentese é tomada em conjunto com a gestante, considerando os riscos, benefícios e necessidade de obter informações adicionais para o manejo adequado da gravidez.
Como é feita a cordocentese
A cordocentese é realizada por especialistas em medicina fetal, geralmente entre a 18ª e 22ª semana de gestação. O procedimento é feito em ambiente hospitalar e requer anestesia local na região abdominal da mãe.
Ao realizar a cordocentese, o médico utiliza uma agulha fina e longa para alcançar o cordão umbilical. Com auxílio de ultrassom, ele visualiza o trajeto da agulha e realiza a punção para amostragem fetal. Uma pequena quantidade de sangue fetal é coletada e encaminhada para análise laboratorial, que pode incluir exames genéticos, de cromossomos ou de outras substâncias presentes no sangue do feto.
Todo o procedimento, desde a preparação até a retirada da agulha, geralmente dura cerca de 20 a 30 minutos. Após a cordocentese, a gestante é observada por um curto período de tempo para garantir que não haja complicações.
Quais são os riscos da cordocentese
Embora a cordocentese seja considerada um procedimento seguro, existem riscos a serem considerados. É importante que a gestante esteja ciente e receba informações detalhadas antes de decidir realizar a cordocentese. Alguns possíveis riscos incluem:
- Sangramento: a punção do cordão umbilical pode causar sangramento no local da inserção da agulha. Embora na maioria dos casos seja leve e autolimitado, há risco de sangramento excessivo;
- Infecção: como em qualquer procedimento invasivo, há um pequeno risco de infecção no local da punção;
- Aborto espontâneo: embora seja raro, a cordocentese pode causar um aborto espontâneo. O risco é de aproximadamente 1%;
- Lesão ao feto: em casos raros, pode ocorrer lesão ao feto durante o procedimento, especialmente se ele se movimentar durante a cordocentese.
É importante ressaltar que os riscos e benefícios da cordocentese devem ser individualizados, levando em consideração a situação específica da gestação e as informações clínicas disponíveis. O médico responsável pelo procedimento deve esclarecer todas as dúvidas e orientar a decisão adequada para cada caso.
A cordocentese é uma técnica que permite obter informações importantes sobre a saúde do feto durante a gestação. Quando realizada de acordo com indicações médicas e com o devido acompanhamento, pode auxiliar no diagnóstico precoce de condições médicas e no planejamento do tratamento adequado tanto para a mãe quanto para o bebê. No entanto, é fundamental que a gestante esteja bem informada sobre os possíveis riscos e benefícios envolvidos e que tome uma decisão consciente em conjunto com a equipe médica.
Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, faça uma consulta com um médico.