A elastografia hepática é um exame não invasivo realizado para avaliar a rigidez do fígado, sendo útil no diagnóstico de doenças hepáticas. A técnica mede a elasticidade do órgão usando ondas de ultrassom vibratório ou ressonância magnética.
Elastografia hepática: o que é, para que serve e como é feita
Para que serve
A elastografia hepática é uma técnica não invasiva utilizada para avaliar a rigidez do fígado, proporcionando informações essenciais para o diagnóstico e acompanhamento de diversas doenças hepáticas. O exame é capaz de identificar alterações no tecido hepático, como fibrose e cirrose, auxiliando no planejamento do tratamento e prognóstico do paciente.
A fibrose hepática é uma condição na qual o fígado apresenta um acúmulo excessivo de tecido cicatricial, resultado de lesões e inflamações ao longo do tempo. A presença de fibrose pode levar ao desenvolvimento de cirrose, uma forma avançada de doença hepática, que pode resultar em complicações graves, como insuficiência hepática.
A elastografia hepática também é útil para diferenciar lesões benignas das malignas no fígado. Isso é especialmente importante em pacientes com tumores hepáticos, uma vez que a identificação precoce de uma lesão maligna possibilita o início de um tratamento adequado e aumenta as chances de recuperação.
Como é feito o exame
O exame de elastografia hepática é rápido, indolor e não invasivo, não sendo necessário realizar uma biópsia hepática. Durante o procedimento, o paciente fica deitado de barriga para cima e um gel de ultrassom é aplicado na região abdominal. Em seguida, é utilizado um transdutor especial que emite ondas sonoras de baixa frequência no fígado.
Essas ondas percorrem o fígado e são refletidas de volta para o transdutor. A amostra dessas ondas permite calcular a rigidez do tecido hepático. Quanto maior a rigidez, maior a probabilidade de fibrose ou cirrose. Os resultados da elastografia hepática são exibidos em tempo real em um monitor.
Como entender o resultado
Os resultados da elastografia hepática são expressos em quilopascal (kPa) e podem variar de acordo com o equipamento utilizado. Geralmente, valores menores ou iguais a 7 kPa indicam um fígado saudável, enquanto valores acima de 7 kPa podem indicar a presença de fibrose hepática. Quanto maior o valor, maior a probabilidade de fibrose avançada.
Além dos valores numéricos, o resultado do exame também pode ser apresentado de forma gráfica, mostrando a rigidez do fígado de acordo com diferentes regiões. Essas informações são fundamentais para a definição do estágio da doença hepática e auxiliam os médicos na escolha do tratamento mais adequado para o paciente.
Quem não deve fazer o exame?
Embora a elastografia hepática seja um exame seguro e amplamente utilizado, existem algumas contraindicações a serem consideradas. Pacientes com implantes metálicos ou marca-passos não devem realizar a elastografia, pois o equipamento utiliza ondas sonoras que podem interferir nesses dispositivos.
Além disso, indivíduos com lesões na pele, como queimaduras ou feridas abertas, devem adiar o exame até a completa cicatrização dessas lesões. Caso contrário, pode haver desconforto durante o procedimento.
Em pacientes com obesidade grave ou dificuldade em se deitar de forma adequada, a realização do exame pode ser comprometida, dificultando a obtenção de resultados precisos. Nesses casos, o médico responsável poderá avaliar alternativas e decidir se a elastografia hepática é a melhor opção para o paciente.
Em resumo, a elastografia hepática é um exame importante para avaliar a rigidez do fígado e auxiliar no diagnóstico e acompanhamento de doenças hepáticas. Realizado de maneira rápida e indolor, o exame fornece informações essenciais para o planejamento do tratamento e prognóstico dos pacientes. No entanto, é importante seguir as indicações médicas e considerar as contraindicações antes de realizar o procedimento.
Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, faça uma consulta com um médico.